
Estima-se que uma em cada oito mulheres desenvolverá um câncer de mama ao longo da vida. Apesar dessa constatação assustadora, não podemos nos deixar dominar pelo medo. O medo nos paralisaria e nos impediria de atuar com inteligência no enfrentamento da doença.
Além disso, a cada dia que passa, temos mais boas notícias para nosso conhecimento sobre a doença evoluiu significativamente, transformando a realidade de pacientes no mundo todo.
Reconhecemos diferentes subtipos da doença e somos capazes de antecipar como cada um deles evoluirá e a quais tratamentos devem responder;
Dispomos de tratamentos direcionados, mais eficazes e mais bem tolerados;
Conseguimos curar um número maior de mulheres e prolongar extraordinariamente a vida daquelas que não alcançam a cura;
Dispomos de mais recursos para preservar a qualidade de vida após o tratamento.
Podemos oferecer às mulheres com câncer de mama muito mais esperança.
Por que falar de câncer?
Sob o nome de câncer agrupamos mais de duzentas doenças diferentes, que resultam da proliferação anormal de uma célula do próprio corpo, que deixa de responder aos comandos usuais de regulação e controle.
O câncer representa a segunda principal causa de morte no mundo, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares nas estatísticas. A chance de alguém que está vivo hoje desenvolver alguma forma de câncer ao longo da vida – o que chamamos de Life-Time Risk – está próxima de 50%.
Para o Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que anualmente serão diagnosticados mais de 700 mil novos casos de câncer no período de 2023 a 2025.
O crescimento do número de casos no mundo todo pode ser explicado pelo aumento da expectativa de vida da população e pela crescente adoção de hábitos urbanos sabidamente relacionados ao desenvolvimento do câncer, como sedentarismo, tabagismo, ingestão de alimentos industrializados, consumo de álcool, gestações mais tardias etc.
Por tudo isso, fica claro que o câncer é o inimigo a ser enfrentado. Ele pode ser evitado, eliminado ou controlado. E tudo isso depende um pouco de cada um de nós!

A dor de cada paciente
Todas as famílias felizes se parecem.
Cada família infeliz é infeliz à sua própria maneira.
Liev Tolstói
Assim como as famílias se diferenciam na tristeza, o sofrimento diante da doença também é singular. Cada paciente, casal, família, amigo ou amiga sofre de maneira única ao enfrentar uma doença.
A doença pode assumir diferentes significados, que vão muito além de sua realidade material. Vivências anteriores, formação cultural, crenças religiosas, estrutura familiar, círculo de amigos e momento de vida compõem o pano de fundo do indivíduo no enfrentamento da doença. Apesar disso, é possível perceber que alguns padrões se repetem em diferentes pacientes e que as experiências de alguns deles podem ser úteis para vários outros.